Fazer a aquisição de uma Linha de Vida pode parecer simples, mas exige bastante conhecimento por parte do comprador para não comprar gato por lebre.
Compradores dentro das grandes empresas, possuem uma função de alta responsabilidade. Imagine ter que entender os aspectos técnicos e legais de uma infinidade de produtos que fazem parte das necessidades de uma indústria. Desde bombas de pressão, maquinas, ferramentas e até a tinta que vai na parede. Cada um dos itens possui enormes variações de rendimento, qualidade, preço e atendimento a normas e legislações. Com os dispositivos de ancoragem não é diferente. Por isso que o comprador precisa trabalhar em conjunto com os departamentos técnicos de cada setor para que haja compatibilidade entre os produtos e orçamentos oferecidos.
Linhas de vida devem atender a NR35 e portanto também devem atender a NBR-16325. Esta última é uma norma de fabricação de dispositivos de ancoragem e linhas de vida que entre diversas exigências, solicita o procedimento de ensaio e testes destes dispositivos. Mas como você, que vai fazer a aquisição deste produto, se assegura de que estes produtos seguiram este procedimento? A resposta que muitos lhe darão é simples, basta ter uma ART de um engenheiro e pronto!
Porém a famosa “la garantia soy yo” também foi o princípio que causou desastres como Mariana e Brumadinho entre diversos outros. O que você deve solicitar do seu fornecedor, além da ART de instalação (que é algo óbvio e um requisito mínimo de qualquer obra), são os laudos de ensaio dos dispositivos de ancoragem que você irá comprar. Estes laudos devem estar acompanhados de uma outra ART, garantindo que um engenheiro desenvolveu estes produtos e acompanhou os testes de qualidade. Estes laudos em muitos casos podem ser feitos em um laboratório independente para produtos como trilhos rígidos (monotrilhos) e ancoragens A1 (olhais de ancoragem). Linhas de vida porém necessitam de um amplo espaço para serem ensaiadas conforme os dispositivos da NBR-16325 e no momento não existem laboratórios no Brasil preparados para abordar todos os formatos de ensaios exigidos pela norma.
Qual a solução? Novamente os adeptos do jeitinho Brasileiro , lhe dirão que é simples. Como não há laboratório, não tem como ensaiar e por isso a ART basta. Mas nós não pensamos dessa forma. Aqui na Dois Dez, investimos pesado em Pesquisa & Desenvolvimento e principalmente nos testes e ensaios para que antes de botar um produto no mercado, tenhamos a certeza de que ele funciona em todos os aspectos necessários. Aqui na nossa área fabril, fizemos a construção de uma área de ensaios que comporta a instalação de linhas de vida com múltiplos vãos. Para se ter uma idéia, uma única célula de carga com a capacidade de leitura exigida pela NBR16325, pode custar cerca de R$ 20.000,00 e para estes ensaios, são necessárias diversas trabalhando em simultaneidade. Sem se falar no software de interface e análise para estas células. O custo com os diversos produtos que quando testados são inutilizados (sendo que muitos dão errado antes de darem certo), a estrutura de ensaios, as horas de engenharia… De fato ao longo dos últimos dez anos, já investimos alguns milhões para que o produto que chegar no seu telhado ou cobertura seja de alta qualidade e eficiência garantida.
É claro que com estes custos, não temos como competir em preço com o fabricante adepto ao jeitinho brasileiro nem com a famosa “la garantia soy yo”. Esse nem é o nosso objetivo. Queremos entregar qualidade a preço justo. Você que tem a responsabilidade de fazer a aquisição de um SPQ (Sistema de Proteção contra Quedas), vá a fundo com o seu fornecedor e não fique satisfeito apenas com uma ART. Peça os laudos de ensaio, ART do produto ensaiado e verifique se o produto que estão te vendendo é o mesmo que foi ensaiado!