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Na Escada tipo Marinheiro, Linha de Vida vertical ou Talabartes?

Escada tipo marinheiro ou escadas verticais fixas são amplamente utilizadas tanto nas indústrias como na construção civil. Já abordamos neste artigo a falsa ilusão de segurança causada pela grade da escada marinheiro e que esta grade não pode ser considerada um SPQ (Sistema de Proteção contra Quedas).

Em quase todos os casos observo que estas escadas não possuem linhas de vida verticais incorporadas a sua estrutura, fazendo com que o usuário suba sem estar ancorado a nada, ou na melhor hipótese é utilizado um cinto com talabartes em Y que são conectados e desconectados consecutivamente aos degraus da escada conforme o usuário faz a ascensão. Mas este método é permitido pela legislação?

 

Na Escada tipo Marinheiro, Linha de Vida vertical ou Talabartes?

Escada tipo Marinheiro: ascensão com Talabartes

Primeiro precisamos analisar a estrutura como um todo. Um Profissional Legalmente Habilitado (PLH) deve verificar a escada a fim de garantir que, em uma eventual queda, o degrau que receberá o impacto suportará as forças que serão geradas. Também deve ser verificado o resto da escada para onde este impacto será diluído, como por exemplo, os montantes e os fixadores. Por último a estrutura em que a escada está fixada também deverá estar apta a receber as forças geradas durante a queda.

Se o Profissional Legalmente Habilitado liberar a escada para este tipo de uso poderemos considerar os degraus da escada como ancoragens estruturais, atendendo desta forma a NR35 e legalizando a atividade.

Mas em seguida a equipe de segurança deverá fazer uma análise de risco dessa atividade. Primeiramente, este tipo de ascensão com talabartes parece simples, mas quem já teve essa experiência sabe que não é bem assim. Pensemos que durante a troca dos conectores do talabarte, de um degrau para o outro, estamos suportando o nosso peso com uma mão apenas, enquanto a outra está manipulando o conector, que precisa de uma ação dupla para abrir. A tarefa executada somente uma vez não cansa muito, mas quando repetimos ela diversas vezes durante a ascensão, a exaustão começa a aumentar.

A equipe de segurança deverá avaliar se, considerando o comprimento da escada, os profissionais que farão uso dela estão fisicamente aptos a exercer este tipo de atividade. Além disso, como o risco de queda acaba sendo maior, deve-se avaliar com cuidado o método de resgate para remoção do usuário caso este venha a sofrer uma queda.

Particularmente, eu prefiro subir escadas marinheiro que contam com uma linha de vida vertical. Este tipo de dispositivo de ancoragem é usado em conjunto com um Trava Quedas deslizante que só precisa ser manipulado no ato de conectá-lo à Linha de Vida antes de iniciar a subida e no ato de desconectá-lo ao chegar no fim do trajeto. Ou seja, as mãos ficam livres para subir os degraus sem ter que fazer nenhuma manobra ou manipular equipamentos, já que a simples ascensão por si só já cansa bastante. Isso reduz drasticamente o risco de quedas e mesmo assim, num eventual acidente, o resgate de alguém suspenso a um Trava quedas deslizante, numa linha de vida vertical, é bem mais simples do que remover uma vítima presa por talabartes aos degraus da escada. Digo por experiência própria, pois já executei este tipo de resgate diversas vezes.

Por isso, quando o assunto for segurança, não economize. O barato poderá sair bem mais que caro. Conheça nossos sistemas de Linha de Vida vertical neste link.

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Olá,
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