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Não faça o teste de carga na Linha de Vida!

Não faça o teste de carga na Linha de Vida!

Não faça o teste de carga na Linha de Vida. Deixamos nosso aviso: Cuidado com instaladores que querem testar a Linha de Vida pós instalada na obra! Vamos direto ao ponto. Você testaria o Airbag do seu carro? Quais seriam as consequências? Um carro batido e talvez até um nariz quebrado. Da mesma forma que diversos dispositivos de segurança, a Linha de Vida, para ser comercializada com segurança, deve ser testada em laboratório, em um ambiente controlado, onde todos os cenários de utilização serão exaustivamente ensaiados a fim de garantir a integridade do sistema.

A linha de vida irá sofrer impactos de queda em diversos pontos como nas curvas, no meio dos trechos e no início. As cargas devem ser aplicadas de acordo com a quantidade máxima de usuários permitida pelo fabricante daquela Linha de Vida e os resultados medidos e registrados. Informações importantes como as forças resultantes na estrutura de fixação daquela Linha de Vida e a Zona Livre de Queda, são alguns dos resultados principais dos ensaios em laboratório.

O usuário, instalador ou quem receberá esta Linha de Vida, deve cobrar estas informações do fabricante. O PLH – Profissional Legalmente Habilitado, fará a verificação de compatibilidade do sistema de segurança com a estrutura existente. Liberando ou não a instalação da Linha de Vida.

Mas o que temos visto no mercado, são instaladores aplicando uma carga estática de 1500kg, entre os postes, ou derrubando cargas nas linhas de vida para fim de verificação. Apesar de a principio isso parecer uma boa ideia, na verdade, de nada serve. No primeiro cenário, estamos concluindo apenas que cada poste suporta 1500kg, e não sabemos o impacto real gerado no poste caso uma queda ocorra, já que esta carga pode variar drasticamente entre algumas centenas de quilos e diversas toneladas dependendo muito do sistema de absorção de impacto da Linha de Vida. No segundo cenário, derrubando uma massa na Linha de Vida, está sendo testado apenas um cenário de queda deixando diversas perguntas sem resposta como:

  • O que aconteceria se o fator de queda mudasse?
  • Como a Linha de Vida se comporta se a queda é mais próxima do início do trecho, da curva ou do meio do trecho?
  • Qual o fator de segurança que está sendo aplicado?
  • Porque não foi feito o ensaio de integridade?
  • E como garantimos que todos os postes da Linha de Vida se comportariam da mesma forma já que não há um controle de qualidade da produção?

Por fim, reforçamos o nosso aviso: Não faça o teste de carga na Linha de Vida! Cuidado com instaladores que querem testar a Linha de Vida pós instalada na obra. Peça para ver os ensaios e os resultados medidos em laboratório com as células de carga de mil leituras por segundo como é solicitado pela NBR 16325 que é referenciada na própria NR35.

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Como ficou sabendo da Dois Dez?